quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Consegues dizer o teu nome completo num só folgo?


Parece-te uma pergunta estranha? Talvez seja, porque, certamente o teu nome completo não terá mais do que cinco ou seis nomes, por isso facilmente o podes dizer de uma assentada.
Pois fica sabendo que há 100 ou 150 anos atrás, as raparigas e rapazes da alta nobreza tinham nomes tão compridos, que era uma verdadeira proeza conseguir dizê-los de uma assentada, ou escrevê-los sem ficar com uma verdadeira dor de braço!
Vou-te, então apresentar uma  menina chamada
D. Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança.
 
Sabes de quem se trata? Ora adivinha...
 
 
Conseguiste ler o nome por baixo da fotografia? Pois trata-se, de uma menina de que já ouviste falar, a pequena princesa real D. Maria da Glória, filha do príncipe D. Pedro IV de Portugal (Pedro I do Brasil) e da rainha D. Leopoldina e neta do rei de Portugal D. João VI.
D. Maria da Glória, nascida no Brasil,  viajou muito nova para a Europa (Inglaterra e França), com o propósito de "aprender" a ser uma "verdadeira rainha", já que foi escolhida por seu pai em 1826, para ser a herdeira do trono de Portugal.
D. Maria da Glória foi rainha de Portugal entre 1834 e 1853 e ficou conhecida na História de Portugal como D. Maria II, a Educadora. Foi uma grande rainha e uma mãe extremada, tendo dado à luz onze filhos. Morreu de parto ao dar à luz o seu último filho.
 
 
 

 Se as raparigas tinham nomes compridos, nem sei o que dizer sobre o nome dos rapazes!... Ora vamos lá a conhecer o nome completo dos dois irmãos desavindos D. Pedro e D. Miguel...
 

Sua Alteza Real, D. Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.
 
 
 Sua Alteza, D. Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

1 de dezembro de 1640

Apesar de não ser dia feriado, estamos aqui para lembrar um aniversário importante da nossa História, o aniversário da Restauração da independência de Portugal face ao domínio espanhol. Hoje, na aulas de História e Geografia de Portugal das turmas do 6º ano, evocámos os 374 anos da independência, com a audição do Hino da Restauração e com a distribuição de bandeirinhas. Foi um momento muito curto, mas importante, que esperamos fique guardado na memória!
 
 


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Aprender História de forma divertida!

O programa televisivo "Conta-me História" transmitido em episódios pela RTP 1  durante o ano 2013 tinha  como objetivo dar a conhecer ao país a sua História de uma forma leve e divertida. Proponho-vos que assistam a um dos episódios desse programa, narrado  pelo apresentador  Luís Filipe Borges e pelo historiador Fernando Casqueira e que tem como título "Transferência da Corte para o Brasil".
Através da visualização deste espisódio do programa "Conta-me uma História" podereis ficar a conhecer melhor o período das  Invasões Francesas e da saída da Corte para o Brasil, conteúdo programático que temos vindo a estudar nas aulas de História e Geografia. Acompanhando o episódio narrado, podereis viajar no tempo e no espaço, conhecendo a época histórica narrada, o espaço geográfico em que tiveram lugar os acontecimentos e, porque não, também alguns dos "segredos mais bem guardados" (fofocas, diriam os nossos amigos brasileiros), dos nossos antepassados, narrados ou representados com muito humor.
 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Carlos Seixas, um compositor português do século XVIII

 
Carlos Seixas foi um grande compositor, cravista e organista do século XVIII. Aos 16 anos, deixou a sua terra natal, Coimbra, e partiu para junto da corte em Lisboa para trabalhar como músico. Para além de grande compositor, Carlos Seixas foi  organista da Sé Patriarcal de Lisboa e da Capela do Palácio Real. Vamos ouvir um dos seus concertos  para harpa e cravo. Boa audição!
 
 

D. João V, o Magnânimo

D. João V, o célebre rei dos quintos, foi, como pudemos verificar nas nossas aulas de História e Geografia de Portugal, um rei muito rico, altivo e poderoso. Governou Portugal entre 1706 e 1750, num longo reinado marcado pelo absolutismo régio. O rei absoluto tinha nas suas mãos todos os poderes: o poder de fazer as leis (poder legislativo), o poder de governar (poder executivo) e o poder de fazer a justiça (poder judicial). Ele era, de facto um grande senhor!!! Vamos conhecê-lo melhor!
 
 
 
 

Imagens de escravidão

A escravidão foi uma prática desumana que, de acordo com as leis vigentes nos diversos reinos e nações onde fora instituída,  perdurou na História da Humanidade até há pouco mais de um século. Portugal aboliu a escravatura em todos os seus domínios territoriais (metrópole e colónias) em 1869. O Brasil que já era um reino independente de Portugal na segunda metade do século XIX, só aboliu esta prática em 1888, quase 20 anos depois de ter sido abolida em Portugal.
Nas nossas aulas de História e Geografia de Portugal abordámos a escravatura no âmbito do tema "Portugal no século XVIII" e percebemos que o cultivo da cana-de-açúcar nos engenhos do Brasil e a exploração do ouro, as grandes fontes de riqueza do reino, só foram possíveis graças ao trabalho dos escravos que eram transportados da costa africana para o Brasil.
As fotografias que  aparecem na montagem que seguidamente vos apresento, na sua grande maioria remontam à segunda metade do séculos XIX, (mais de cem anos depois), no entanto, revelam a mesma realidade, a dureza da vida dos escravos, a desumanidade com que eram tratados, os mesmos rostos de tristeza e resignação. E, porque as imagens valem mais do que palavras, aqui vos deixo esta pequena montagem fotográfica, feita por um nosso amigo brasileiro.
 
 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Mais um ano de viagem!...

Mais um ano, mais uma viagem
pela História e Geografia
Sejam nossos tripulantes,
fiquem em nossa companhia!
 
 
Pedimos desculpa aos nossos visitantes mais frequentes por este tão grande interregno na publicação de mensagens. Os finais dos anos letivos, assim como o início dos seguintes são sempre  períodos de grande azáfama e trabalho acrescido. Tentaremos a partir deste momento estar mais presentes, divulgando a História e Geografia de Portugal.
 
Para os alunos que verdadeiramente se entusiasmaram com a aventura dos descobrimentos portugueses, divulgamos o vídeo "Galeões, caravelas e naus, um choque tecnológico no século XVI".
 
Não receiem a linguagem utilizada e escutem com muita atenção as opiniões e considerações dos historiadores e especialistas convidados. Este vídeo ajuda-nos a reconhecer e valorizar os feitos dos nossos antepassados e a aumentar o orgulho de sermos portugueses.
Boa visualização e boa viagem ao longo dos séculos XV e XVI!
 
 
 


sexta-feira, 28 de março de 2014

Vamos celebrar o 25 de abril de 1974 - 40 anos depois

      Celebramos este ano o 40º aniversário da revolução de abril. As instituições, os canais televisivos, o mundo do espetáculo, as autarquias e as escolas estão-se a mexer para, daqui a um mês, lembrarem este acontecimento que mudou e transformou este país que hoje somos.
 
       A nossa escola e os nosso clube de História irá também preparar um pequeno apontamento para celebrar este dia e este acontecimento. As propostas e as ideias começam a concretizar-se...
       Mas, será que sabemos verdadeiramente o que aconteceu na História de Portugal há 40 anos atrás? O que conhecemos sobre abril? Antes de comemorar é preciso conhecer. É isso que pretendemos com esta e com as futuras mensagens que iremos partilhar. Para já, partilhamos convosco um pequeno e maravilhoso trabalho realizado por alunos da escola D. Fernando II que está disponível no Youtube e  que, numa linguagem simples e atrativa nos dá a conhecer os acontecimentos de abril.  Boa visualização!
 
 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A Revolução republicana

Para complementar a informação relativa ao tema "A Revolução Republicana -  textos, imagens e vídeo  publicados  no mês de abril de 2012, deixo-vos aqui mais dois pequenos vídeos curtinhos que poderão visualizar.
 
 
 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Os alimentos também tem História -3 - Os legumes que atravesssaram o Atlântico



   A batata não foi o único vegetal a ter o privilégio de atravessar o Atlântico nas caravelas e naus  dos séculos XV e XVI. Para além deste, também outros vegetais e legumes fizeram esta travessia e chegaram à Europa no século XVI. Estamos a falar concretamente de vegetais ou legumes como o milho, o tomate, o pimento e a beringela, os quais eram alimentos cultivados e consumidos pelos índios que habitavam as regiões da América  Central e do Sul.
   Tal como aconteceu com a batata, também alguns destes legumes não foram imediatamente adotados pelos Europeus no século XVI. Desconfiados e medrosos, os Europeus não os aceitaram de imediato como alimento e cultivaram-nos nos jardins, onde cresciam como plantas exóticas e ornamentais. O tomate, por exemplo, foi durante muito tempo considerado um alimento venenoso, pois assemelhava-se à mandrágora, uma planta bastante venenosa.
  Só a partir do século XIX é que estes legumes começaram a ser cultivados para o consumo humano, tornando mais rica e variada a alimentação das gentes do Velho Mundo.
 
"Velho Mundo" - Europa


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Livros!... Objetos preciosos!



Os livros são objetos que fazem parte da nossa vida. Acompanham-nos à escola, moram nas prateleiras das estantes das nossas casas e das nossas bibliotecas,  guardam nas suas páginas histórias, ideias, fórmulas, ensinamentos, sonhos, esperanças... Quantas vezes nos divertem e nos acompanham nas noites de insónia!... E, quantas vezes nos maçam, quando a vontade de estudar não chega ou quando o sono nos quebra!...
 
 
Desde quando farão os livros parte das nossas vidas? Qual será a História do Livro? Já alguma vez se interrogaram sobre  isto?  De onde vem o livro? Quem o inventou?
Se sentem curiosidade, vamos a isso, acompanhem-nos nesta história!...
 
 
Há mais de 4 mil anos, no Antigo Egito, os escribas escreviam sobre folhas de papiro, um material obtido a partir do caule da planta com o mesmo nome. O papiro era enrolado em rolos e apenas podia ser escrito numa das faces. Para escrever e desenhar sobre as folhas de papiro, os escribas utilizavam um estilete e uma tinta que obtinham misturando carvão vegetal, água e goma.

Alguns séculos mais tarde (século IV d. C.), o papiro como base de escrita foi substituído pelo pergaminho, um material mais duro e resistente, obtido a partir da pele de alguns animais como a ovelha, a cabra ou a vitela e que permitia a escrita em ambos os lados das folhas.  Com o surgimento deste novo material, desapareceram os rolos ou volumen (palavra latina) e surgiram os livros encadernados ou Códices (Códex).
 
 
Rolo ou volumen enrolado em volta dos umbilicus (varetas cilíndricas)

 
Livro ou Códice (Códex em latim)
 
Durante a Idade Média os livros eram objetos muito valiosos e raros, uma vez que eram copiados à mão e, por isso, objetos únicos (não existiam dois livros exatamente iguais). Os livros eram objetos pesados com rígidas capas de madeira forradas a couro, por vezes protegidas com fechaduras. Durante a Idade Média, os livros eram escritos e copiados nas bibliotecas dos mosteiros pelos monges copistas.
 
Monge copista (iluminura)

Embora inventado pelos chineses no segundo século da nossa era, só por volta do século XIII é que o papel chegou à Península Ibérica, trazido pelos árabes. Este material, produzido a partir de fibras vegetais como o algodão, o linho (ou até mesmo feito a partir de trapos velhos) era menos resistente que o pergaminho, mas tinha a vantagem de ser mais barato, mais fácil de fabricar, mais prático e mais leve.



Por volta de meados do século XV, os livros que até então eram escritos à mão, passaram a ser impressos, graças à descoberta da imprensa móvel, feita pelo alemão Johannes Gutenberg. Este inventor lembrou-se de criar uma técnica que permitisse carimbar o papel com um texto ou desenho feito a partir  moldes. Os moldes eram montados numa espécie de tabuleiros  onde as letras metálicas eram organizadas de acordo com o texto que se queria imprimir e impregnadas de tinta.
A descoberta foi extraordinária, na medida em que permitiu a produção de livros em série, tornando-os mais baratos e acessíveis.

 
letras móveis que eram montados em tabuleiros metálicos formando o texto a ser impresso

Do século XV até hoje, o livro evoluiu e chegou a todos os continentes e lugares mais remotos da terra, tornando-se no mais importante instrumento e veículo de cultura, de ensino e de lazer.

 
 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

E para aguçar o apetite... que tal uma pizza?

 
OS ALIMENTOS TAMBÉM HISTÓRIA - 2
 
"Feijoada" ou "pizza"? "Pizza" ou "Jaquinzinhos com molho de tomate"?
É difícil tomar uma decisão? Não me parece! Qual é o jovem que não se perde por uma fatia de pizza bem recheada com queijo, fiambre e cogumelos?
Bem, só o jovem que acabou de comer uma pizza inteirinha recheada com queijo, fiambre e cogumelos, seguida de uma boa sobremesa!...
 
"Pizzas" são modernices, dizem os nossos avós, modernices que vem lá da América do Norte, das terras do "fast food", modernices cheias de gordura e calorias que encantam os jovens e contribuem para o aumento da obesidade!...
Eles lá tem a sua razão, temos que reconhecer! A verdade é que a pizza é um alimento  muito calórico e carregado de gorduras, mas, será que a sua pátria, a sua terra de origem é mesmo a América do Norte?
 
A pizza  é um "prato" ou uma especialidade gastronómica muito antiga. Há mais de 5000 anos, os antigos egípcios e os hebreus moldavam discos de massa feita com farinha, amido e água e assavam-nos em cima de pedras ou tijolos quentes ou coziam-nos em fornos rústicos. Estes pães com a forma de disco eram muitas vezes recheados com pedacinhos de carne, cebola ou legumes e dobrados em forma de sanduiche tal como a atual pizza calzone e tinham o nome de pisceas.
Na Idade Média, no tempo das Cruzadas, os cavaleiros europeus enviados para a Terra Santa conheceram estas "pisceas" e trouxeram-nas para a península Itálica. As piesceas deram origem às pizzas  que, recheadas com novos ingredientes como o queijo, toucinho ou peixe frito e temperadas com azeite e ervas aromáticas, se tornaram o alimento dos mais pobres no sul da Itália, o alimento que matava a fome. 
 

No século XVI, trazido pelos exploradores do Novo Mundo (continente americano), chegou o tomate à Europa. O tomate de polpa vermelha e sumarenta imediatamente  encantou os europeus, principalmente os da região mediterrânica e passou a ser um ingrediente fundamental da sua culinária. Os napolitanos do sul da Itália, já então especialistas na arte de rechear a pizza acrescentaram ao queijo o tomate  temperado com um fio de azeite  e tornaram-na irresistível...
 

Em 1889, há mais de 100 anos, surgiram na cidade de Nápoles, no sul da Itália as primeiras pizzarias. A mais famosa foi a de um senhor chamado Rafaelle Esposito, que um dia confecionou uma pizza para uma princesa em visita à sua cidade.  Essa princesa era Margherita de Savoia esposa do rei Umberto I,  uma mulher nobre que nunca comera um alimento de pobre. Rafelle Esposito confecionou uma  pizza à qual deu o nome de Margherita  com as cores do reino de Saboia (o branco do queijo mozzarella, o verde do manjericão e o vermelho do tomate). Então não é, que a tal princesa Marguerita  gostou mesmo da iguaria? Parece que comeu,  comeu, comeu e, não ficando ainda satisfeita, pediu a caixinha com os restos de pizza para levar para casa, que é como quem diz, para o seu palácio real! *
 Ainda hoje, em todas as pizzarias do mundo é possível encontrar a pizza Margherita a relembrar esta velha história.

* Desculpem a ousadia, mas esta última frase é inventada, pois não existem registos escritos ou documentos históricos que o provem.

E para terminar, vai uma fatia de pizza?