terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Livros!... Objetos preciosos!



Os livros são objetos que fazem parte da nossa vida. Acompanham-nos à escola, moram nas prateleiras das estantes das nossas casas e das nossas bibliotecas,  guardam nas suas páginas histórias, ideias, fórmulas, ensinamentos, sonhos, esperanças... Quantas vezes nos divertem e nos acompanham nas noites de insónia!... E, quantas vezes nos maçam, quando a vontade de estudar não chega ou quando o sono nos quebra!...
 
 
Desde quando farão os livros parte das nossas vidas? Qual será a História do Livro? Já alguma vez se interrogaram sobre  isto?  De onde vem o livro? Quem o inventou?
Se sentem curiosidade, vamos a isso, acompanhem-nos nesta história!...
 
 
Há mais de 4 mil anos, no Antigo Egito, os escribas escreviam sobre folhas de papiro, um material obtido a partir do caule da planta com o mesmo nome. O papiro era enrolado em rolos e apenas podia ser escrito numa das faces. Para escrever e desenhar sobre as folhas de papiro, os escribas utilizavam um estilete e uma tinta que obtinham misturando carvão vegetal, água e goma.

Alguns séculos mais tarde (século IV d. C.), o papiro como base de escrita foi substituído pelo pergaminho, um material mais duro e resistente, obtido a partir da pele de alguns animais como a ovelha, a cabra ou a vitela e que permitia a escrita em ambos os lados das folhas.  Com o surgimento deste novo material, desapareceram os rolos ou volumen (palavra latina) e surgiram os livros encadernados ou Códices (Códex).
 
 
Rolo ou volumen enrolado em volta dos umbilicus (varetas cilíndricas)

 
Livro ou Códice (Códex em latim)
 
Durante a Idade Média os livros eram objetos muito valiosos e raros, uma vez que eram copiados à mão e, por isso, objetos únicos (não existiam dois livros exatamente iguais). Os livros eram objetos pesados com rígidas capas de madeira forradas a couro, por vezes protegidas com fechaduras. Durante a Idade Média, os livros eram escritos e copiados nas bibliotecas dos mosteiros pelos monges copistas.
 
Monge copista (iluminura)

Embora inventado pelos chineses no segundo século da nossa era, só por volta do século XIII é que o papel chegou à Península Ibérica, trazido pelos árabes. Este material, produzido a partir de fibras vegetais como o algodão, o linho (ou até mesmo feito a partir de trapos velhos) era menos resistente que o pergaminho, mas tinha a vantagem de ser mais barato, mais fácil de fabricar, mais prático e mais leve.



Por volta de meados do século XV, os livros que até então eram escritos à mão, passaram a ser impressos, graças à descoberta da imprensa móvel, feita pelo alemão Johannes Gutenberg. Este inventor lembrou-se de criar uma técnica que permitisse carimbar o papel com um texto ou desenho feito a partir  moldes. Os moldes eram montados numa espécie de tabuleiros  onde as letras metálicas eram organizadas de acordo com o texto que se queria imprimir e impregnadas de tinta.
A descoberta foi extraordinária, na medida em que permitiu a produção de livros em série, tornando-os mais baratos e acessíveis.

 
letras móveis que eram montados em tabuleiros metálicos formando o texto a ser impresso

Do século XV até hoje, o livro evoluiu e chegou a todos os continentes e lugares mais remotos da terra, tornando-se no mais importante instrumento e veículo de cultura, de ensino e de lazer.

 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário