terça-feira, 13 de março de 2012

Vamos todos lançar papagaios de papel!



No próximo dia 7 de Abril de 2012, Vila Nova de Milfontes irá comemorar um dos seus  mais importantes acontecimentos históricos: a viagem aérea Vila Nova de Milfontes - Macau.
Em 1924, os aviadores major António Jacinto Pais, capitão José Manuel Sarmento Beires e o mecânico Manuel Gouveia, pilotando o avião BREGUET 16BN2, batizado com o nome de "Pátria" lançaram-se numa empresa nunca antes realizada: a viagem de ligação aérea entre Portugal e Macau, colónia portuguesa no Oriente.
Há  88 anos atrás utilizar o avião como meio de transporte não era algo comum. Em 1924, estávamos nos primórdios da aviação em Portugal. Em 1922, apenas dois anos antes desta fantástica viagem Milfontes -Macau, os aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, num pequeno hidroavião (um avião que podia aterrar sobre a água) tinham feito a travessia do oceano Atlântico, entre Lisboa e o Rio de Janeiro. Antes do feito destes corajosos aviadores que partiram de Milfontes com destino a Macau, nunca  um aviador português havia tentado realizar uma tão longa travessia aérea (17 570 quilómetros) sobrevoando continentes e mares. A viagem foi muito longa (117 horas e 41 minutos de voo) e cheia de de percalços e peripécias. Como deves calcular, naquela época era impossível realizar uma viagem tão longa numa só tirada, por isso ela foi feita em diferentes etapas e em dois diferentes aparelhos. O avião "Pátria" batizado em Vila Nova de Milfontes não teve hipótese de chegar ao seu destino, tendo por razões de avaria, sido substituído, na Índia, pelo aparelho "Havilland Liberty". batizado com o nome de "Pátria II". Foi este último aparelho, aquele que tocou o solo em Macau.

No dia 7 de Abril, apesar de estarmos em férias, vamo-nos mobilizar para comemorar este importante acontecimento histórico. A ideia que está a ser lançada e que conta com a preciosa  ajuda dos professores de Educação Visual e Tecnológica é a de lançar, a partir da zona da Barbacã, várias dezenas de papagaios de papel, os quais irão embelezar com o seu colorido o céu de Milfontes.

Constrói o teu papagaio de papel e participa na atividade!!

Cartaz comemorativo da viagem aérea Vila Nova de Milfontes - Macau.  (apesar de no cartaz figurar a palavra "Lisboa", Milfontes foi o local escolhido para a partida)

Cartaz comemorativo da viagem aérea Vila Nova de Milfontes - Macau
Avião "Pátria" que partiu de Vila Nova de Milfontes no dia 7 de Abril de 1924.

Viagem aérea Milfontes - Macau (Batismo do avião "Pátria")

Viagem aérea Milfontes - Macau (festa do regresso)
As duas últimas  fotografias foram retiradas  da obra "Apontamento Histórico sobre Vila Nova de Milfontes" de António Martins Quaresma (2ª edição - 1988).  As imagens de cartazes da época e fotografia do avião "Pátria" foram retiradas do sítio web "enciclopedia.com.pt".

terça-feira, 6 de março de 2012

Portugal na 2ª metade do século XIX

Ao longo das últimas semanas temos vindo a estudar a vida quotidiana na 2ª metade do século XIX.  Esta postagem tem como finalidade dar-vos a conhecer alguns videos que vos ajudarão a conhecer melhor o quotidiano das pessoas há mais de 100 anos. O primeiro video que vos deixo, fala-vos da burguesia na 2ª metade do século XIX e é narrado em castelhano, o que poderá constituir um pequeno obstáculo à compreensão do mesmo. Apesar da narração em castelhano, penso  que valerá a pena visualisar o video, pois  as imagens são bastante ilucidativas e valem por mil palavras!
Boa visualização!

O segundo e o terceiro video  são pequenas coletâneas de fotografias antigas, à semelhança do pequeno filme que visualisámos na aula e que nos mostram antigas profissões e registos da vida quotidiana na segunda metade do século XIX e inícios do século XX em Portigal. Todas as fotografias tem mais de 100 anos.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Depois da visita!...

O repórter de serviço do blog "Todos a bordo" andou por aí junto das turmas do 6º ano a realizar entrevistas. Quem serão os entrevistados que não se identificaram? A quem descobrir, o nosso repórter de serviço oferece um brinde (um croissant da "Mabi" recheado de chocolate!)





Moura





Caminhámos ontem pelas ruas sinuosas do bairro da mouraria da cidade de Moura. Ao fazê-lo, sentimo-nos, concerteza, transportados aos séculos XIII e XIV, período da História em que aquelas ruas foram habitadas pelos mouros escorraçados da vila intra-muros, depois da reconquista da cidade pelos cristãos.
Como tiveram oportunidade de perceber, Moura foi habitada pelo Homem desde épocas muito recuadas. No Museu Municipal vimos instrumentos do paleolítico (do tempo das comunidades recoletoras), do neolítico (do tempo das comunidades agropastoris) e da época dos metais, principalmente da Idade do Bronze e do Ferro. Também os Romanos e os Muçulmanos viveram em Moura, deixando igualmente numerosos vestígios da sua forte presença.
Graças a um importante recurso natural de que a cidade dispõe em abundância - a água -, Moura desenvolveu, nos finais do século XIX e inícios do século XX uma indústria ligada à exploração  deste recurso natural, a empresa da "Água do Castelo", assim como uma estância termal e um hotel.

No Museu Municipal, tivémos oportunidade de apreciar uma exposição sobre o traje tradicional das diferentes regiões de Portugal.
Através desta exposição, puderam aperceber-se como a forma, o modelo e o tipo de vestuário se adequava ao clima das diferentes regiões e ao trabalho a que as pessoas se dedicavam.
Estes trajes tradicionais eram aqueles que os nossos bisavós e trisavós usavam há mais de 6o anos atrás. Se recuássemos ao século XIX (há cerca de 100 ou 150 anos atrás) constataríamos que era assim que vestiam as pessoas do povo.



A poucos quilómetros de Moura situa-se a barragem do Alqueva, cuja albufeira constitui o maior lago artificial da Europa. Embora seja uma obra moderna, é importante mostrar que ela nasceu de uma necessidade há muitos séculos sentida pelos habitantes desta região alentejana: a água.

Durante a visita que fizémos ao centro de informação da Barragem do Alqueva, percebemos que com  a construção desta infraestrutura (obra) o Alentejo conseguiu criar uma reserva de água extremamente importante para fazer face às necessidades sentidas na região, quer ao nível do abastecimento de água à população, quer ao nível da rega dos campos. A barragem (grande barreira de betão construida sobre o leito do rio Guadiana) permite  também a produção de energia elétrica de uma forma limpa, isto é, não poluente.
Conhecer o passado do Homem ajuda-nos a compreender melhor o presente e a projetar ideias novas para o futuro!