segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Uma salada russa de povos e de culturas - 2


Em Sião, na China e no Japão, os portugueses contactaram connosco e  com os  hábitos e costumes que eles consideraram bastante estranhos e que, por isso, lhes causaram grande admiração.
Nós, povos do Oriente estávamos habituados a receber bem os nossos visitantes e gostávamos de os presentear com uma chávena de chá.  O arroz era o nosso principal alimento e comíamo-lo  com pauzinhos. Naquela época achámos que os portugueses eram gente sem grande educação, pois comiam com as mãos e bebiam em copo sem oferecer aos convivas.   Não conheciam  o papel, nem sequer a nossa forma de escrita. Assim que chegaram `as nossas paragens, mostraram-se interessados em comerciar as nossas porcelanas e a nossa seda. No fundo, não pareciam má gente...
 
 
No Brasil os portugueses encontraram os índios, pessoas  de cor parda ou avermelhada como eu e com o cabelo muito negro e liso. Os homens cortavam o cabelo por cima das orelhas e as raparigas usavam-no caído sobre os ombros. Andávamos nus e, por vezes enfeitávamos a cabeça   com penas de papagaio e arara. Os homens pintavam o corpo com uma tinta de cor negra e atravessavam o lábio inferior com um osso. Naquele tempo vivíamos da caça, da pesca e da recolha de frutos silvestres, muito abundantes nas florestas. Algumas tribos cultivavam a mandioca. Usávamos arcos e flechas e caçávamos com grande destreza e habilidade. Conhecíamos bem os animais da floresta e respeitávamo-los. Vivíamos em cabanas feitas de troncos e folhagens e dormíamos em redes suspensas de troncos. 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário