segunda-feira, 30 de abril de 2012

Como fazer um trabalho de pesquisa?


1º Passo - Planear o trabalho

  • define o tema do trabalho;
  • faz um esquema do trabalho (apresenta por tópicos os assuntos ou temas que queres abordar);
  • faz uma lista das fontes de informação que desejas pesquisar (livros, revistas, internet, pessoas que queres entrevistar...);

2º Passo - Recolher e organizar a informação
  • consulta as fontes de informação (livros, internet...);
  • regista o endereço das fontes (deverás indicá-las na bibliografia do trabalho);
  • tira os apontamentos que julgares necessários e que respondam aos assuntos ou subtemas a tratar no trabalho;
  • relê os apontamentos e sublinha aquilo que é mesmo importante para o trabalho (seleciona o que é essencial e retira tudo o que é secundário);
  • elabora resumos dos teus apontamentos;


3º Passo - Redigir o trabalho

  • escreve o texto do teu trabalho, tendo o cuidado de usar palavras tuas e palavras que tu próprio entendas.
4º Passo - Apresentar o trabalho

  • elabora a capa do trabalho ou diapositivo de apresentação (no caso de optares por fazer uma apresentação em powerpoint), não esquecento de apresentar o título do trabalho, o nome da disciplina, o nome da escola e o teu próprio nome, número e turma.
  • faz um pequeno índice do trabalho (indicação das partes que formam o trabalho, as quais devem estar numeradas);
  • faz uma pequena introdução explicando qual é o objetivo do trabalho;
  • apresenta o texto do teu trabalho, ordenando-o por capítulos ou pontos,  caso seja muito extenso. Não te esqueças de que esta   parte (desenvolvimento) é a mais importante do teu trabalho. Não te esqueças de que, para além do texto, podes utilizar ilustrações.
  • elabora uma pequena conclusão do teu trabalho. Nesta parte, podes aproveitar para dar a tua opinião sobre o trabalho.
  • apresenta a bibliografia do trabalho. Vê o exemplo em baixo:
             No caso de teres consultado um livro, deverás apresentá-lo da seguinte forma:

 . Proença, Maria Cândida, História de Portugal, da República à União Europeia, Círculo dos Leitores, 1ª edição,  novembro 09

             No caso de teres consultado um sítio ou página da internet, deverá apresentá-la da seguinte forma:

. http://www.ploscaminhosdahistoria.blogspot.pt


Antes de concluir lembro-te de que não deverás:
  • copiar textos de um livro ou de uma página da internet ( não é honesto apresentares textos que não foram escritos por ti);
  • escrever um texto que não entendas ( se não entendes aquilo que está escrito, significa que não aprendeste);
  • apresentar fotocópias de livros ou impressões de páginas da internet ( são fontes de pesquisa, por isso não podem ser consideradas como páginas do trabalho). 
                 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Guião para o trabalho sobre o "25 de abril de 1974"


Trabalho a ser realizado pelos alunos do 6º ano no 3º período (6ºB)


Será muito importante que o teu trabalho inclua os seguintes pontos/aspetos:
Breve descrição do regime anterior ao 25 de abril (Estado Novo);
→ Descrição dos acontecimentos ocorridos no dia 25 de abril de 1974: referir quem organizou a revolução, cidade em que  ocorreu,  quem foram os participantes ou intervenientes na revolução; quais foram os objetivos e se foram ou não alcançados…)
→ Identifique o símbolo ou símbolos da revolução (imagem copiada ou desenho criativo feito pelo próprio aluno ou aluna);
Se quiserem desenvolver um pouco mais o vosso trabalho tornando-o  mais original e criativo, poderão  ainda:
Identificar uma figura de relevo da revolução ( capitão do MFA, cantor de intervenção, general, general, político…) e elaboração de uma pequena biografia do mesmo,

entrevistar uma pessoa (com mais de 50 anos) que tenha vivido de forma direta ou indireta o 25 de abril de 1974;
entrevistar um antigo combatente da guerra colonial (pessoa com mais de 60 anos) – em que colónia combateu, em que anos, quais as memórias que guarda desse tempo…;
Recolha e apresentação de algumas canções de intervenção ou poemas ligados à revolução:
→ Reportagem sobre as comemorações do 25 de abril em Odemira.

Mãos à obra e bom trabalho!!!


terça-feira, 24 de abril de 2012

O 25 de abril de 1974


 Memórias do 25 de abril de 1974



Hoje, lembrei-me de aceder ao meu “sótão” e procurar o recanto onde guardo as recordações mais preciosas de há muitos anos atrás. As memórias que hoje procurei estavam escondidas há quase quarenta anos. Lembro-me de um dia de Abril sorridente pintado de vermelho de Primavera e de verde de esperança. ..
Loulé, 25 de abril de 1974
Foi um dia diferente de todos os outros, sim isso foi!
O meu pai era a pessoa que se levantava mais cedo lá em casa. Às seis da manhã, quer fosse dia da semana, quer fosse domingo ou feriado, estava a pé e às sete horas em ponto  saía de casa. Às nove horas, quando o dia normal de trabalho das pessoas começava, já o meu pai contava com  duas horas completas de trabalho. Naquele dia, dia de escola, por estranho que pareça, o meu pai estava em casa, o que significa que saíra para o trabalho e, entretanto, voltara. O saco grande de pano onde guardava o pão que fora buscar à padaria estava pousado em cima de uma cadeira da cozinha e ele estava de pé, escutando atentamente a telefonia, sem  dar conta da nossa chegada. Naquele dia o meu pai não nos atirou ao ar como costumava fazer sempre que chegava a casa. Alguma coisa estranha se passava naquele dia! O que seria?!  Só a minha avó parecia seguir a rotina normal e, sem ligar importância à telefonia, insistia para que tomássemos o pequeno-almoço e nos despachássemos para a escola.
Eu tinha oito anos e andava na 3ª classe.
Na escola, naquele dia, a professora, a D. Helena, estava nervosa e isso percebia-me pela forma como falava e como deambulava distraidamente de um lado para o outro na sala de aula. Por que é que  não fechava a porta da sala como era habitual? Não sabíamos porquê, mas também não perguntávamos. Havia muita coisa que nós naquele tempo não perguntávamos. Os adultos tomavam decisões e nós obedecíamos sem refilar e sem pestanejar. Sabíamos que em algumas salas de aula existia uma régua de madeira que as professoras utilizavam para castigar os meninos e meninas. Na gaveta da D. Helena existiria provavelmente uma, mas naquele ano e com aquele grupo de meninas não me lembro de ter sido utilizada.
Naquele dia de abril tínhamos a perceção de que se estavam a passar coisas estranhas que  não podíamos  compreender. A professora entrava e saía da sala, enquanto resolvíamos os problemas de aritmética; as professoras das outras salas também entraram algumas vezes na nossa sala, ora uma, ora outra e cochichavam baixinho com a nossa professora. A certa altura, já a manhã ia avançada, a professora Helena foi buscar a cadeira que estava por detrás da secretária e, encostando-a à parede dos lados esquerdo e direito do quadro, retirou as fotografias do Presidente da República, o almirante Américo Tomás e do Presidente do Conselho, o Dr. Marcelo Caetano que, ao lado do crucifixo, enfeitavam a parede da frente da sala. A D. Helena disse-nos, naquela manhã que aqueles senhores que até aí consideráramos como os «chefes» de Portugal,  já não governavam mais o país. Naquela altura não compreendíamos o porquê. Política era algo de que não se falava, a ordem e a disciplina eram indiscutíveis. O mundo e a sociedade pareciam ser para nós perfeitos. O que se estava a passar? Não o compreendíamos então. Submissas e obedientes como éramos, escutávamos a explicação da professora e permanecíamos em silêncio respeitando a ordem estabelecida.
A minha turma era composta unicamente por raparigas. A escola, edifício do Estado Novo, modelo plano centenário, era grande e tinha muitas salas. Havia a sala das meninas da 1ª classe  na ala da direita e a sala dos meninos da 1º classe na ala da esquerda, a sala das meninas da 2º classe na ala da direita e a sala dos meninos da 2ª classe na ala da esquerda e assim sucessivamente. Os recreios dos meninos e das meninas também eram separados. Naquele tempo os meninos brincavam com os meninos e as meninas com as meninas. As brincadeiras também eram diferentes: no recreio da ala esquerda a bola e o jogo do "apanha" eram os reis; no recreio da ala da direita reinavam as danças de roda e os jogos do elástico e da corda.
Naquela tarde não tivemos aulas. Através da rádio, os locutores pediam às pessoas que permanecessem em casa e foi isso que quase todas as pessoas fizeram naquele dia e nós crianças também.
Nos dias seguintes ouvimos repetidamente a palavra liberdade. «Liberdade» era uma palavra bonita e começava a surgir em muitas canções. Naquele tempo cantávamos muito e fazíamos bailes de roda no recreio da escola. Lembro-me de depressa substituirmos o «Ai, ai minha machadinha» e a «Linda Falua» pela canção da gaivota que voava com asas de vento e coração de paz. Tornou-se a nossa canção preferida e cantámo-la milhares de vezes. O slogan «O Povo Unido jamais será vencido» passou a ser uma espécie de grito de guerra das nossas brincadeiras. (...)
Havia também um quartel general na «casa do quintal» uma arrecadação no quintal da casa da minha avó, lugar onde o meu avô guardava as sacas de alfarroba e amêndoa  e alguns utensílios e alfaias agrícolas. Era aí que eu, a minha irmã e as amigas da vizinhança  brincávamos durante algumas horas por dia. Foi aí que passámos o longo Verão quente de 1974, quando o país estava em brasa com o desenrolar dos acontecimentos políticos da época (a nacionalização das empresas e a reforma agrária).  Naquele tempo os verões eram longos e as férias prolongavam-se até ao mês de Outubro.  Indiferentes aos assuntos da política e aos problemas do país que eram assuntos dos adultos,  não deixávamos, contudo, de transportar os símbolos, os nomes e as palavras de ordem da época para as nossas brincadeiras. Na parede em frente à porta da casa do quintal, nosso quartel general ou nossa sede,  figurava o símbolo do partido comunista português, uma foice e um martelo, dois objetos que o meu avô, depois de muitas advertências, nos deixara pendurar na parede. Não compreendíamos o que significava ser comunista, sabíamos apenas que aquele era um sinal dos tempos, talvez um símbolo da liberdade, da justiça ou da igualdade que se apregoava.  A minha tia mais nova que era professora primária achava graça às nossas brincadeiras e ria-se imenso, por isso, julgávamo-la comunista como nós. Longe de ideologias e ideias feitas, éramos apenas crianças e amávamos a palavra liberdade. Os adultos, cansados de opressão e repressão, deixavam-nos viver em pleno essa liberdade através das nossas brincadeiras. Montados nas sacas de serrapilheira cheias de amêndoas, empilhadas junto a uma das paredes da casa do quintal, éramos cowboys (ainda víamos muitos filmes de cowboys naquele tempo) e corríamos velozmente pelas pradarias e campinas de um novo mundo que os adultos nos diziam estar a ser construído. A brincar éramos livres!
A vossa professora (Alice Bernardo)

http://www.youtube.com/watch?v=SlbFBdiNw24&feature=related 
(canção da gaivota que voava com asas de vento e coração de paz)





quinta-feira, 19 de abril de 2012

Os símbolos da Monarquia e República


                                         Moedas do reinado de D. Carlos (1000 réis)
                                                                                                


Moedas portuguesas do período da 1ª República


 


terça-feira, 17 de abril de 2012

A Batalha de Aljubarrota


A Consolidação da independência do reino de 1385


Nas últimas aulas da disciplina de História e Geografia de Portugal (5ºano)  estudámos a crise política de 1383-85, um período da História em que Portugal se viu confrontado com uma grave crise dinástica e em que teve de lutar com Castela, o reino vizinho, de forma a assegurar a sua independência. Se tiverem curiosidade e quiserem complementar aquilo que aprenderam na sala de aula, assistam ao documentário, transmitido pelo canal 2 da RTP (1ª parte).  As restantes partes do programa poderão ser encontradas facilmente no Youtube.




Mosteiro da Batalha

Para comemorar a vitória sobre os castelhanos na batalha de Aljubarrota, D. João I mandou construir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha, num local próximo do campo de Aljubarrota, onde as tropas portuguesas e castelhanas se defrontaram.
Como infelizmente a Batalha fica longe e não temos possibilidade de visitar o mosteiro in loco, proponho-vos fazer uma visita virtual ao mesmo. Cliquem por favor no link em baixo e apreciem  o Mosteiro da Batalha, um dos mais belos monumentos portugueses. Boa visualização!

Estátua de D. Nuno Àlvares Pereira junto ao Mosteiro
Mosteiro da Batalha

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A revolução republicana

No passado ano letivo de 2010-1011 comemorámos o centenário da implantação da Republica em Portugal. Neste ano (2010-2011)  realizaram-se por todo o país  numerosos eventos  com o objetivo de assinalar este aniversário histórico e destacar as figuras e personalidades que tiveram um papel determinante na instauração e consolidação do regime republicano em Portugal. Também a nossa escola assinalou este acontecimento histórico com a cerimónia do hastear da bandeira  nacional  e com a realização de algumas atividades (conferências, teatro, ateliers...) de que certamente estarão lembrados.
Neste momento estamos a estudar o tema "A revolução republicana", por isso,  faz sentido assinalar o conteúdo programático no blogue da disciplina  com a divulgação de alguns videos alusivos aos acontecimentos históricos a ele ligados.

O Ultimato inglês
Rainha Vitória (rainha da Inglaterra nos finais do século XIX)

Em Janeiro do ano de 1890, a Inglaterra enviou a Portugal um ultimato (último ato ou aviso), obrigando-o a renunciar ao território africano situado entre Angola e Moçambique (território correspondente ao mapa cor de rosa), ao qual Portugal considerava ter direito por razões de conquista. O governo português acatou as exigências da Inglaterra, o que provocou uma enorme onda de revolta no povo português que acusou o rei de não defender os interesses e os direitos da nação.

Foi nesta altura de grande revolta  e ódio dos portugueses em relação ao rei e à monarquia, que o compositor Alfredo Keil compôs a "Portuguesa" (canção republicana que mais tarde, em 1910,  foi adotada como hino nacional). Acontece, no entanto que a letra do refrão desta canção era um pouco diferente daquela que conheces hoje... ora repara!  

"Às armas, às armas sobre a  terra, sobre o mar

  Às armas, às armas contra os bretões marchar, marchar!"

* bretões - ingleses

 

Atenção: Não deixem de consultar a página http://oficinas-mix.centenariorepublica.pt (este link também se encontra no coluna direita do blog - sites com interesse para a disciplina). Nela poderão visionar pequenos filmes de animação muito engraçados. Divirtam-se e aprendam!